Engenharia Social (Segurança da Informação)

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Engenharia Social são as práticas utilizadas para obter acesso a informações importantes ou sigilosas em organizações ou sistemas por meio da enganação ou exploração da confiança das pessoas. Para isso, o golpista pode se passar por outra pessoa, assumir outra personalidade, fingir que é um profissional de determinada área, etc. É uma forma de entrar em organizações que não necessita da força bruta ou de erros em máquinas. Explora as falhas de segurança das próprias pessoas que, quando não treinadas para esses ataques, podem ser facilmente manipuladas. É considerada uma técnica hacker.

O elemento mais vulnerável de qualquer sistema de segurança da informação é o ser humano.
Possui traços comportamentais e psicológicos que o torna suscetível a ataques de Engenharia Social.
Vaidade pessoal e/ou profissional: O ser humano costuma ser mais receptivo a avaliação positiva e favorável aos seus objetivos, aceitando basicamente argumentos favoráveis a sua avaliação pessoal ou profissional ligada diretamente ao benefício
próprio ou coletivo de forma demonstrativa.
Autoconfiança: O ser humano busca transmitir em diálogos individuais ou coletivos o ato de fazer algo bem, coletivamente ou individualmente, buscando transmitir segurança, conhecimento, saber e eficiência, buscando criar uma estrutura base para o início de uma comunicação ou ação favorável a uma organização ou individuo.
Vontade de ser útil: O ser humano, comumente, procura agir com cortesia, bem como ajudar outros quando necessário.

A Engenharia Social não é exclusivamente utilizada em informática, a Engenharia Social é uma ferramenta onde exploram-se falhas humanas em organizações físicas ou jurídicas, onde operadores do sistema de segurança da informação possuem
poder de decisão parcial ou total ao sistema de segurança da informação.

Um engenheiro social não é um profissional na Engenharia Social, mas trata-se de uma pessoa que possui conhecimentos em diversas áreas.
99% das pessoas que praticam a Engenharia Social, de forma benéfica ou não, trabalham em grandes empresas ou em empresas de médio porte.

Vírus que se espalham por e-mail
Criadores de vírus geralmente usam e-mail para a propagar de suas criações. Na maioria dos casos, é necessário que o usuário ao receber o e-mail execute o arquivo em anexo para que seu computador seja contaminado. O criador do vírus pensa
então em uma maneira de fazer com que o usuário clique no anexo. Um dos métodos mais usados é colocar um texto que desperte a curiosidade do usuário. O texto pode
tratar de sexo, de amor, de notícias atuais ou até mesmo de um assunto particular do internauta. Um dos exemplos mais clássicos é o vírus I Love You, que chegava ao e-mail das pessoas usando este mesmo nome. Ao receber a mensagem, muitos
pensavam que tinham um(a) admirador(a) secreto(a) e na expectativa de descobrir quem era, clicavam no anexo e contaminam o computador. Repare que neste caso, o autor explorou um assunto que mexe com qualquer pessoa.

E-mails falsos (spam)
Este é um dos tipos de ataque de Engenharia Social mais comuns e é usado principalmente para obter informações financeiras da pessoa, como número de conta-corrente e senha. Neste caso, o aspecto explorado é a confiança. Boa parte dos criadores desses e-mails são criminosos que desejam roubar o dinheiro presente
em contas bancárias. Porém, os sistemas dos bancos são muito bem protegidos e quase que invioláveis! Como é inviável tentar burlar a seguranças dos sistemas bancários, é mais fácil ao criminoso tentar enganar as pessoas para que elas forneçam
suas informações bancárias.

A maioria dos incidentes envolvendo a segurança da informação está diretamente ligada ao fator humano, pois este está totalmente relacionado com a segurança da informação. A Segurança da Informação tem um inicio e termina nas pessoas.
Segurança da informação está mais relacionada com processos do que com a própria tecnologia. Por isso não adiantará nada investir pesado em tecnologia e deixar de lado o fator humano. A conscientização é fundamental, sem ela a empresa
corre um risco enorme, pois as vulnerabilidades humanas são evidentes e bem exploradas pelos engenheiros sociais.

Referências:
http://www.administradores.com.br/_assets/modules/academicos/academico_3641.pdf
http://www.enq.ufrgs.br/files/Engenharia%20Social.pdf